Tuesday, February 26, 2002

Herói dos Ricos

Estamos na semana de 25/02 até 3/03... e tenho que comentar a matéria da veja desta semana, aquela mesma dos outdoors... dos "gênios" do vestibular.
Well, vamos a minha costumaz crítica construtiva...
Você daria destaque a alguém que não fez nada além de sua obrigação??? Eu acho que não, mas foi exatamente o que a veja fez essa semana. Não quero tirar o mérito de nenhum dos entrevistados qe deram origem a matéria, mas sinceramente eles não mereciam tanto. Por quê?
Por que todos os entrevistados pertencem a classe média alta (ou mais), estudaram nos melhores colégios, viajaram muito, cresceram em familias estruturadas, e principalmente não tinham muito com o que se preocupar. Logo é calro que estes jovens devem parecer super-homens que vivem, se divertem, tocam em bandas e ainda por cima são ótimos alunos.
Como disse anteriormente não tiro o mérito desse pessoal, mas não acho que eles fizeram mais que sua obrigação. Frutos das melhores escolas (um dels teve a escola construida pela própria família) e com diversos recursos diponíveis para que se tornassem cidadões do mundo globalizado na era da informação (exagero não?) e como consequencia serem aprovados no vestibular.
O que mais me incomoda é tratamento que a Veja dá para o caso, tratando-os como se fossem heróis, exemplos. Agora imaginem alguém de baixa renda que venha a ler essa matéria como fonte de inspiração, e descubra que seus exemplos possuem recursos muito maiores que o seus e por isso puderam aplicar sua "técnicas" para passarem nos melhores vestibulares. Essa pessoa poderá usar a experiência de vida dos entrevistados como exepmplo?
Não é preciso ser gênio, e ter sido aprovado por dezenas de vestibulares pararesponder essa pergunta... Mas por que a Veja não deixa de criar heróis para os ricos, e procura exemplos reais de pessoas que superaram suas dificuldades e entraram em uma boa faculdade? Não me importa se esta pessoa entrou em primeiro ou na segunda chamada, mas sim que ela provou que não é preciso ter dinheiro para poder ter uma boa educação, que as coisas dependem muito mais de nosso esforço que do nosso berço. Isso seria muito mais estimulante...
Eu sei, isso é ingenuo, mas é sincero.

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