Monday, July 31, 2006

IT’S NOT ME – 3 DOORS DOWN

É eu sou estranho.
Como eu posso dizer, sou um ponto fora da curva. Sim este é um termo matemático.
Mas eu não nenhum viciado em matemática, nem bom. Apenas acho a matemática útil e necessária.
Mas vou tentar justificar o uso do termo. Estranho, como eu usei no começo deste texto, nem sempre é bem visto. Eu poderia usar também o termo incomum ou especial, mas estes podem ser bem vistos demais. Não estou escrevendo isso para me gabar, apenas estou relatando.
Bom, existem outras palavras ou termos, mas não vou ficar citando tudo, e eu quero usar sou um ponto fora da curva, e pronto.
Bom, vou contar rapidinho minha história nos últimos quase 4 anos.
Para quem não sabe, afinal eu já falei isso aqui N vezes, a quase 4 anos atrás eu sofri um acidente, um grande acidente.
Eu não lembro, portanto vou falar o que me contam.
Cai de quase 4 metros (esse número 4 me persegue), eu não lembro como e eu estava sozinho. Foi de uma varanda, e dizem que eu estava bêbado ou quase. Como eu disse eu esqueci o dia todo e estava sozinho no momento da queda.
Bom o acidente foi deveras grave. Não tive nenhum dano físico permanente. Eu fiquei sem fala e com meu lado direito completamente paralisado.
Isso foi passageiro, minha parte física está praticamente recuperada (isso porque todos, sim todos, não achariam que eu ia recuperar, chegaram até pensar que eu viraria um vegetal) minha parte fonoaudióloga (sim eu falando é trash) está bem pior, pois não foi o foco no começo. Mas agora é.
Eu fiz duas operações no cérebro, sendo elas duas extrações de líquido. E morreram alguns neurônios no acidente.
Apesar disso eu sei, e já ouvi isso de outras pessoas (será que elas estavam mentindo?) que toda a minha parte neurológica está recuperada, o qual teoricamente seria o mais importante para mim.
E mais importante pra eu voltar a trabalhar.
Sim nascendo no país que eu nasci e vivo, vendo o pensamento da maioria do povo se vê. O negócio é deixar o Estado te sustentar e ser pago pra não fazer nada, mesmo podendo.
É nesse momento que eu penso... eu sou um ponto fora da curva.
Novamente falando eu sou capaz de fazer e quero fazer.
E sim eu sei que isso não é o mais desejado aqui, mais uma vez eu penso o problema desse país não são os políticos. São as pessoas, pois 90% das pessoas se comportariam igual e de imediato. Quem sabe mais. E entre as pessoas estão os políticos também.
Mas volto a dizer, sou sim um ponto fora da curva, não quero ficar encostado e vou lutar pra não ficar.